Anabela Reis

As 7 Armadilhas Brutais do Burnout — E Como Escapar Antes Que Te Desfaças

Não é só cansaço. É um grito silencioso do corpo. Aprende a reconhecer o que te está a levar ao limite — e o que fazer para voltares a ti.


Burnout não é uma palavra da moda. É um colapso. Invisível por fora, devastador por dentro. E, o pior: pode estar a instalar-se mesmo quando “ainda dás conta do recado”.

Este texto não é para te assustar. É para te devolver lucidez. Porque há sete ideias traiçoeiras que nos prendem num ciclo de exaustão crónica — e precisamos de as desmontar uma por uma.


1. Acreditar que o burnout é só por causa das longas horas

Spoiler: não é.

Claro que trabalhar 14 horas por dia cansa. Mas o que nos queima por dentro é a falta de sentido, a rigidez, os ambientes tóxicos, a ausência de escuta, a liderança sem alma.

✽ O que fazer? Estabelece limites. E exige qualidade no que fazes, não só quantidade. As horas são só parte da equação. A outra chama-se dignidade.


2. Contar com as férias para resolver o burnout

Pausa não é cura.

Tirar férias é necessário. Mas voltar ao mesmo inferno depois de uma semana nas Maldivas não te salva — apenas te adia.

✽ O que fazer? Usa o tempo de descanso para te reconectares contigo. E depois age: muda o que está na raiz. Ou, pelo menos, começa a nomeá-lo.


3. Acreditar que quem ama o que faz não se queima

Mentira romântica que só serve para te calar.

Até a paixão consome, se for alimentada a sacrifício. O amor ao trabalho não te imuniza. Só te cega por mais tempo.

✽ O que fazer? Coloca limites, mesmo naquilo que adoras. Cuida de ti com o mesmo zelo com que cuidas das tuas missões.


4. Insistir em continuar a empurrar o corpo mesmo quando ele grita

Resistir não é resiliência. É risco.

Ignorar os sinais de burnout não é prova de força. É caminho para a falência emocional, cognitiva e física.

✽ O que fazer? Aprende a parar ANTES do colapso. Reconhece os sinais: cansaço extremo, irritabilidade, distanciamento, apatia. E escuta-os.


5. Culpabilizar-se por estar exausta

Não és fraca. És humana em circunstâncias desumanas.

Burnout não é falha individual. É o resultado de exigências impossíveis, pressões acumuladas e contextos adversos.

✽ O que fazer? Reflecte sobre o que está nas tuas mãos mudar. Mas não assumas sozinha o peso de tudo. Pede ajuda. E recusa a vergonha.


6. Achar que o burnout é um problema só teu

Isolamento é um dos sintomas mais perigosos.

A cultura organizacional, a liderança, a estrutura de trabalho — tudo isso influencia o teu bem-estar.

✽ O que fazer? Fala com quem pode mudar o sistema contigo. Une-te a quem sente o mesmo. O cansaço colectivo precisa de resposta colectiva.


7. Glorificar o burnout como se fosse uma medalha

Trabalhar até à exaustão não é nobre. É autodestrutivo.

O culto do “estou sempre ocupada”, do “durmo 4 horas” e do “não tenho tempo nem para comer” não é sinal de sucesso — é um pedido de socorro disfarçado.

✽ O que fazer? Rasga esse discurso. Revindica tempo para ti como acto de poder. Cuida de ti primeiro. O resto ajusta-se.


Não caias nestas armadilhas.

Não é normal viver no limite. Não é natural que o teu corpo te traia — ele está, na verdade, a tentar salvar-te.

A tua saúde não é moeda de troca por performance.

A tua vida não tem de doer para ser válida.

E tu mereces mais do que sobreviver.


Segue-me em endurance.pt/bio

Se estás exausta, desorientada, ou sem margem de manobra — agenda uma sessão.

Ou assina a newsletter. Há palavras que curam. E há caminhos que se fazem a partir da escuta.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *