Anabela Reis

Poetas Vivos Não Pedem Licença — Um chamamento à arte, à coragem e ao sonho

Em tempos de ruído, distração e pressa, há uma força que ainda sabe tocar fundo.

Não se vende. Não se publica em massa.

Não serve algoritmos.

Serve a alma.

Chama-se poesia.

Sim, poesia. Aquela que muitos ignoram por achar inútil. Aquela que outros guardam como arma secreta contra a dureza do mundo. Aquela que não alimenta feeds, mas alimenta o espírito. E que, por isso mesmo, é perigosa — no melhor sentido da palavra.

Ler poesia é um acto de resistência.

Resistência contra a indiferença, contra a mediocridade, contra o adormecimento da consciência.

É por isso que hoje partilho contigo um poema. Mas não um qualquer.

É um manifesto, um sopro de vida, um murro lírico no conformismo.

Um poema que nos lembra que viver exige mais do que respirar.

Exige estar vivo por dentro.

A poesia de Walt Whitman — que muitos conheceram pela voz do professor Keating, em O Clube dos Poetas Mortos, mas que poucos leram com o corpo inteiro — é um convite irrecusável à insurreição do espírito.

E se estás cansado.

E se tens medo.

E se já quase te convenceste de que é tarde demais — este poema é para ti.

POEMA DE WALT WHITMAN QUE TE MOTIVARÁ A LUTAR PELOS TEUS SONHOS

Aproveita o dia.

Não o deixes terminar sem crescer um pouco,

sem te alegrares,

sem alimentares os teus sonhos.

Não te deixes vencer pelo desânimo.

Não permitas que ninguém te roube o direito de te expressares,

pois isso é quase um dever.

Não desistas da vontade de fazer da tua vida algo extraordinário.

Acredita que palavras e poesia têm o poder de transformar o mundo,

pois a nossa essência, mesmo diante das tempestades,

permanece intacta.

Somos feitos de paixão.

A vida é deserto e oásis.

Ela derruba-nos, fere-nos,

mas também nos ensina a reerguermo-nos e a sermos protagonistas da nossa história.

Mesmo que os ventos soprem contra,

a obra da tua vida continua.

E tu, sim, podes trazer um verso único e poderoso.

Nunca pares de sonhar,

pois nos sonhos habita a liberdade.

Não cometas o pior dos erros:

viver no silêncio.

A maioria conforma-se com um silêncio devastador.

Mas tu não. Grita, luta,

expressa-te por entre os telhados do mundo,

como o poeta que valoriza a beleza do simples.

Não traias a ti mesmo.

Respeita as tuas crenças.

Remar contra o teu próprio ser é condenares-te à infelicidade.

Aproveita o pânico de teres a vida diante de ti.

Vive intensamente, sem mediocridades.

Lembra-te de que o futuro está nas tuas mãos.

Abraça essa responsabilidade com coragem e determinação.

Aprende com aqueles que vieram antes de nós,

os “Poetas Mortos”,

pois as suas vozes ecoam como guias.

E hoje, nós somos os “Poetas Vivos”.

Não deixes a vida passar por ti.

Vive. Intensamente, corajosamente, apaixonadamente.

**

Este poema não pede explicações.

Mas exige reacções.

Talvez te lembre de um sonho antigo que deixaste morrer à porta da estabilidade.

Talvez te convide a escrever o que andas a calar há anos.

A criar. A sair. A não ceder ao silêncio.

A arte — tal como a vida — não pode ser vivida pela metade.

Quem vive em silêncio, morre devagar.

Por isso, se há algo que te posso dizer hoje é:

Lê.

Lê poesia.

Lê com raiva, com ternura, com tudo o que te ensinaram a esconder.

Procura poetas vivos. Ou sê um deles.

E, acima de tudo, vive como quem sabe que cada dia é um poema por escrever.


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Porque a poesia não é passatempo. É alimento.

E a vida, se for vivida por inteiro, não aceita rascunhos.

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